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Mostrando postagens de janeiro, 2010

São Francisco de Assis

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Por Leonardo Boff “Qual é a novidade de Francisco? Ele parte da tradição já internalizada faz essa experiência : se nós somos filhos, então somos irmãos.Francisco viu na só a relação vertical ( ser humano – Filho – Pai), mas viu também pelos lados, em uma relação horizontal. Os filhos juntos são irmãos e irmãs. Essa é a novidades espiritual em Francisco. Francisco não deduz isso racionalmente. Ele vive a filiação como experiência, como uma comoção do coração. Vive a experiência do irmão e universaliza esta experiência. Se todos vêm de Deus e todos são filhos, todos os irmãos, o sol, a lua, as árvores, as rochas, cada um é irmão”. “ O ser humano é um nó de relações voltado em todas as direções – para cima, para o sonho; para o alto, para Deus, para dentro de si, para o seu coração, para os lados,para irmãos e irmãs; para baixo, para a terra, para a natureza. Relações em todas as direções. E o ser humano só se realiza, ele se agiliza, se ele articula as relaçõ

Entrevista Revista ISTO É

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Um grupo de astrólogos analisa cartas natais de presidenciáveis para 2010: No site da ISTO É, lá vai: www.istoe.com.br/reportagens/41140_ESCRITO+NAS+ESTRELAS

Bolso

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“As palavras são enganosas... Palavras são bolsos vazios. À medida que a gente vai vivendo, vai pondo as coisas dentro do bolso. O bolso que tem o nome de “Deus” fica cheio de quinquilharias que catamos pela vida. Assim quando falamos sobre Deus, não falamos sobre Deus. Falamos é sobre as coisas que guardamos dentro desse bolso. Seu eu respondesse “acredito em Deus” a outra pessoa se enganaria pensando que dentro do meu bolso eu guardo as mesmas coisas que ela guarda no dela. E concluiria mais que sou uma boa pessoa. Mas, se tivesse dito que não acredito em deus, ela concluiria que não sou uma boa pessoa.... “Acreditar no sentido comum que as religiões dão a essa palavra, refere-se a entidades que ninguém jamais viu, tais como anjos, pecados, santos milagres castigos divinos, inferno, céu, purgatório... No meu bolso sagrado, “ acreditar” é palavra que não entra. Ele está cheio é com palavras que têm a ver com amor, mesmo que o objeto do meu amor não exista. Lembro-me das palavras d

Zilda Arns: esperança!

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Por Tereza Kawall “Não é hora de perder a esperança” A simplicidade da frase de D. Evaristo Arns traz em seu bojo muito mais do que o seu sentido mais óbvio e imediato, tendo em vista a comoção da perda de sua “caríssima” irmã. .A morte súbita e dramática de Zilda Arns é um convite à reflexão, algo que vem se tornando cada vez mais raro e difícil neste oceano de pragmatismo e indolência que assola nosso tão pobre e tão rico país. Dona Zilda construiu ao longo de sua vida obras que muitas “ primeiras damas” são incitadas a fazer mas não conseguem, uma vez que os gestos e posicionamentos dessa natureza não vêm do cargo, mas sobretudo da alma. Já foi dito por muitos que a ausência da presença feminina em cargos de poder é em grande parte responsável pela degradação social e política do mundo contemporâneo. Ao olhar as imagens da médica e mãe Zilda, carregando e beijando crianças que de tudo carecem e seu largo sorriso de satisfação, penso que sim, estamos todos carentes do feminino em no

Para Meditar

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Venha, Navegue comigo neste calmo oceano. As margens estão longe, a superfície tranqüila. Somos navios no oceano, e somos um com o oceano. Uma pequena onda se espalha atrás de nós, Viajando pelas águas turvas Seus sutis movimentos Registram nossa passagem. Nossas ondas se encontram E formam um padrão Que espelha o seu movimento e o meu. Quando outros navios, que também somos nós Navegam pelo oceano que somos nós outra vez, Suas ondas se misturam com as nossas. A superfície do oceano ganha vida Com onda após onda, colheita após colheita. São elas a memória de nosso movimento, O traçado de nosso ser. As águas murmuram de um para o outro, E de nos para todos que também navegam: Nossa separação é uma ilusão; Somos partes ligadas de um todo. Somos um mar com movimento e memória. Nossa realidade é maior do que você ou eu, Do que todos os navios que navegam estas águas, E do que todas as águas que navegamos. Livro: Conexão Cósmica - guia pessoal para a emergente visão da ciência Autor: Ervin

Filme A Partida

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Por Tereza Kawall Assistir ao filme A Partida ( Okuribito, Japão), melhor filme estrangeiro de 2009, foi um lindo presente neste final de ano. Vira e mexe, leio por aí que o presente é, afinal, o maior presente que recebemos todos os dias. Acordar, nos sabermos vivos, respirando, caminhando, olhando em volta... Que horas são? Alguns logo espreguiçam para acordar primeiro o corpo, outros viram para o lado para mais uma soneca! É tudo sempre igual, embora nenhum dia seja igual, e isso vale para ontem e valerá também para o amanhã. O fato é que de uns tempos para cá a morte tem feito visitas mais constantes em minha vida: seria minha idade? Pode ser muitas coisas, mas vejo adolescentes, os trintões, os cinquentões e claro, os mais idosos indo deste plano para um outro misterioso lugar... Então penso que há uma coisa que está se acelerando, e que me obriga e considerar mais de perto este tema, e sobretudo trazer esta percepção para a consciência do aqui agora, do que é re

Paisagens da Alma

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A alma é uma paisagem. Ou melhor, paisagens. Paisagens são feitas com campos, florestas, montanhas, rios, mares, nuvens – “coisas” que ficam fora de nós, que os sentidos percebem e nós lhes damos nomes.As paisagens da alma, entretanto, não são feitas de “ coisas”. São feitas de sentimentos. E os sentimentos, nós não temos como dize-los, os sentidos não conseguem fotografá-los. Então um artista que mora dentro da gente, o tal de inconsciente, lança mão de um artífício: ele veste s sentimentos da paisagem com as coisas da paisagem de fora. Um medo muito grande aparece como um precipício; o tédio se parece com uma chuva persistente em meio a brumas.... Vingança? Um tigre.... A perda de um amor? Um velório.... E a experiência de liberdade? Você nunca voou nos sonhos? Dessa forma o “artista” torna visíveis as paisagens da alma por meio de metáforas. O “ artista”, além de ser pintor, é também um poeta. Os sonhos são efêmeras visões das paisagens da alma, as paisagens que fazem nossa pele do

Feliz Ano Novo

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Texto de Reinaldo Azevedo Tinha como certo que não escreveria nada neste dia 31 além daqueles três textos da madrugada. Mas vocês são mesmo incríveis e me mobilizam. E o que começou como um trabalho - e, bem, é um trabalho - se tornou também um prazer ao qual é difícil, freqüentemente impossível, renunciar. Caras e caros, estou aqui a lhes desejar um feliz “Feliz Ano Novo”. Acrescento outro adjetivo àquilo que já é uma fórmula, um clichê, uma expressão desgastada, na tentativa de fazer com que a estranheza inicial nos remeta ao sentido original da expressão, recuperando, assim, a sua vitalidade. Estamos entrando em nosso quarto ano juntos. É só o começo de uma longa trajetória. Como vocês estão cientes, não sei profetizar. Quase nunca conjugo verbos no futuro ou aceno com amanhãs gloriosos. Mesmo quando trato do mistério, o Deus que prodigalizo é aquele que nos fala do milagre da Razão. Assim, não tenho promessas a fazer, não tenho auroras a vender, não disponho de uma mal