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Mostrando postagens de novembro, 2019

TRANSITORIEDADE DA VIDA

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Viktor Frankl Entre as coisas que parecem tirar o sentido da vida humana estão não apenas o sofrimento, mas também a morte. Nunca me canso de dizer que os únicos aspectos realmente transitórios da vida são as potencialidades; porém no momento em que são realizadas, elas se transformam em realidades; são resgatadas da transitoriedade. Isso porque no passado nada está irremediavelmente perdido, mas está tudo irrevogavelmente guardado. Sendo assim, a transitoriedade da nossa existência de forma alguma, lhe tira o sentido. No entanto, ela constitui a nossa responsabilidade, porque tudo depende de nos conscientizarmos das possibilidades essencialmente transitórias. O ser humano está constantemente fazendo uma opção diante da massa de potencialidades presentes; quais delas serão condenadas ao não-ser, e quais serão concretizadas? Qual opção se tronará realidade de uma vez para sempre, imortal como “pegada nas areias do tempo”? A todo e qualquer momento, a pessoa precisa decidir,

A BARRIGA DA BALEIA

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“ A idéia de que a passagem do portal mágico é uma transição para uma   esfera de renascimento está simbolizada na universal imagem uterina da “ barriga da baleia”. O herói em vez de conquistar ou conciliar o poder do portal mágico, é engolido pelo desconhecido e, aparentemente morre. “Mishe-Nahma, o Rei dos Peixes, Projetou-se, em sua ira, à tona d’água, Escamas rebrilhando à luz do sol, Escancarou a enorme mandíbula E engoliu a canoa e Haiwatha”. Os esquimós do estreito de Behring contam a lenda do ardiloso herói Raven: um adia, ao secar suas roupas na praia, ele viu uma baleia nadando calmamente perto da rebentação. Gritou: “ Da próxima vez que subir para respirar, minha querida, abra a boca e feche os olhos” Esgueirou-se rápido para dentro de suas roupas negras, colocou a sua máscara negra, apanhou algumas achas de lenha sob o braço e voou por sobre as águas. A baleia veio à tona, e como ele havia sugerido, abriu a boca e fechou os olhos. Raven precipitou-se pe

AMOR SEGUNDO VON FRANZ

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O QUE É O AMOR PARA MARIE-LOUISE VON FRANZ. " Bem, como o sentimento é minha função inferior tenho uma certa dificuldade para elaborar a questão. A função sentimento está sendo completamente negligenciada em nossos dias. Em geral, a identificamos com afeto e emoção, mas isso é apenas sentimento inferior. Por exemplo, os jovens em seus concertos de rock liberam os sentimentos, mas estes surgem como fortes emoções, amar a todos ou destruir tudo. O sentimento é derramado por tod a parte, não tem uma orientação individual.   O sentimento diferenciado, pelo contrário, é amar uma pessoa única justamente porque é única. É difícil, porque isso pressupõe que você seja capaz de perceber a singularidade do outro e se livrar de julgamentos psicológicos esquemáticos. Em última análise, trata-se de algo irracional que tem a ver com o próprio desenvolvimento. Quanto mais nos tornamos um indivíduo único, mais nos individuamos no sentido junguiano do termo, mais somos capazes de ver