ATUALIDADE DE CARL G. JUNG
Por Jung no ano de 1916, ainda tão atual
"..Nada mais
apropriado do que os processos psicológicos que acompanham a guerra atual —
notadamente a anarquização inacreditável dos
critérios em geral, as difamações recíprocas, os surtos imprevisíveis de
vandalismo e destruição, a maré indizível de mentiras e a incapacidade do homem
de deter o demônio sanguinário para obrigar o homem que pensa a encarar o
problema do inconsciente caótico e agitado, debaixo do mundo ordenado da
consciência.
Esta Guerra Mundial
mostra implacavelmente que o homem civilizado ainda é um bárbaro.
Ao mesmo tempo, prova que um açoite de ferro está à espera, caso ainda se tenha a veleidade de responsabilizar o vizinho pelos seus próprios defeitos. A psicologia do indivíduo corresponde à psicologia das nações. As nações fazem exatamente o que cada um faz individualmente; e do modo como o indivíduo age, a nação também agirá.
Ao mesmo tempo, prova que um açoite de ferro está à espera, caso ainda se tenha a veleidade de responsabilizar o vizinho pelos seus próprios defeitos. A psicologia do indivíduo corresponde à psicologia das nações. As nações fazem exatamente o que cada um faz individualmente; e do modo como o indivíduo age, a nação também agirá.
Somente com a transformação da atitude do indivíduo é que
começará a transformar-se a psicologia da nação. Até hoje os grandes problemas
da humanidade nunca foram resolvidos por decretos coletivos, mas somente pela
renovação da atitude do indivíduo. Em tempo algum, meditar sobre si mesmo foi
uma necessidade tão imperiosa e a única coisa certa, como nesta catastrófica
época contemporânea.
Mas quem se questiona a si mesmo depara invariavelmente com as
barreiras do inconsciente, que contém justamente aquilo que mais importa
conhecer."
Carl Gustav Jung, durante a Primeira Guerra Mundial.
Küsnacht—Zurich, dezembro de 1916,
Küsnacht—Zurich, dezembro de 1916,
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