Jung, um homem visionario






" Jung estava de tal maneira à frente de seu tempo, que se pode dizer que a influencia de suas idéias em nossa vida cultural ainda está engatinhando. Era uma pessoa extremamente sensível, e talvez por isso mesmo, bastante vulnerável.


" Poucos homens sofreram tanto quanto ele; sua grande obra criadora foi arrancada, não apenas ao quente abismo das peixões, mas também ao sofrimento. As feridas pessoais, embora pudessem atingi-lo de maneira profunda, não o afetavam tanto quanto o sofrimento do mundo contemporâneo, a devastação da natureza, o problema da superpopulação, a guerra, a violência imposta às culturas não-cristãs que floresciam com a moderna tecnologia. Para Jung, esses problemas era uma agonia que o mantinha, de modo constante e incansável, a espreita da quaisquer possibilidades de uma transformação benéfica que porventura emergisse das profundezas da psique"

Marie Louise von Franz.



Buscando uma saída para a alienação do homem moderno, Jung considerava a imaginação como a principal função da psique, e, de maneira heróica e inovadora, acompanhou a espontaneidade criadora do inconsciente.


Apesar de relutar em escrever para o público leigo, fora dos meios científicos, suas idéias alcançaram diversos campos da cultura, John Freeman nos relata um fato curiosa: na primavera de 1959, entrevistou-o para a Rede Britanica de Radiofusão ( BBC), em sua casa à beira do lafo de Zurique. Solicitado a colocar seus conceirtos básicos numa linguagem acessível ao leitor não especializado, Jung recusou-se.


Não o agradava a ideía de ver popularizada a sua obra. Porém, dois fatos significativos ocorreram após a entrevista que deu. Recebeu uma quantidade enorme de cartas de todo tipo de pessoas, de fora dos meios acadêmicos, que se entusiasmaram com seu carisma, presença de espírito e humor despretencioso.


E teve um sonho que, finalmente, o convenceu a escrever um livro destinado ao público comum.


sonho: " em vez de me sentar no escritório para discursar a ilustres médicos e psiquiatras do mundo inteiro que costumavam me procurar, vi-me de pé num local público, dirigindo-me a uma multidão de pessoas que me ouviam com extasiada atenção e que compreendiam o que eu dizia".


Asim, com a colaboração de sua secretária particular, Anile Jaffé, e de alguns de seus seguidores e amigos íntimos ( Marie Louise von Franz, Joseph L. Henderson, Jolande Jacobi), nasceu "O homem e seus símbolos", cujo primeiro capítutlo, " Chegando ao inconsciente" Jung concluiu em 1961, dez dias antes de adoecer.


Ao fazer a opção existencial de viver seu mito pessoal, acolhendo e realizando o seu Si-Mesmo e ouvindo seriamente o que a psique tinha a comunicar a respeito de si própria, com sua originalidade e criatividade, Jung influenciou diversas áreas do conhecimento, como psiquiatria, psicologia, física nuclear, história, literatura, antropologia, educação, etnologia, teologia, parapsicologia, e, até mesmo,a economia e as ciências políticas e sociais.


Curvando-se sem preconceito ao que o inconsciente tinha para expressar, Jung resgatou muitos aspectos inferiorizados e até marginalizados em nossa cultura. Entre eles estrão a criança, a individaulidade, o feminino, o mito, a fantasia, a criativdade, a introversão, a meditação e outras formas de conhecimento como a magia, o misticismo e a paranormalidade, além de outras ciências, como a alquimia e a astrologia".

Do livro:Jung, o homem criativo

autor: Luiz Paulo Grinberg

Editora FTD, SP, 2003.



" A transcendência é a chave para avaliar a genialidade de Jung, e ao mesmo tempó, o veneno pra reduzir sua obra ao esoterismo. a dificuldade para compreender suas idéias, é, que, ao lado a lado com uma esmerada formação racional científica, Jung tinha, em grau yambém muit intenso, o chamado mísitico para a totalidade.

Os dons privilegiados da fé e da razão geraram incompreensão de ambos os lados da cultura tradicional".


Carlos Byington, na revista Mente e Cérebro, edição especial : Jung, a psicologia analítica e o resgate do sagrado, editora Duetto.

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