A NOTÍCIA QUE QUEREMOS VER
Por Tereza Kawall
Passados 70 dias..
30+30+10 dias...
Assistimos todos emocionados
O desfecho surpreendente para um fato, que seria entre outros milhares,
mais um com um final “ não feliz”.
Esses 33 homens foram soterrados física, mas não espiritualmente,
Quanta força!
Se a fé move montanhas,
Nesse caso, aliada à tecnologia
A fé também abriu a montanha
E esta, perfurada, deu à luz, como uma mãe
Permitindo que seus filhos fossem ejetados do escuro
Para uma nova vida.
A despeito de toda exploração comercial deste evento
Que continuará jorrando em torno desta notícia, convites, presentes
E inúmeros documentários sobre os “ mineiros já celebridades”,
Creio que há um esgotamento
Emocional, visual e até existencial
Por parte de nós, telespectadores, em função do excesso
De notícias tristes e desesperançosas do nosso noticiário.
Esse fato poderia levar toda a mídia a repensar
Um tipo de “ bordão”, que faz a “ pauta” ser sempre mais do mesmo:
Notícia boa não vende!
Não vende o quê exatamente?
Shampoo, cortina, terrenos e salsichas?
E a vida se reduz a isso?
Se assim fosse, não teríamos ficado horas a fio
Tão encantados e emocionados vendo estas fortes imagens
Do resgate desses bravos homens.
De solidariedade, companheirismo, de fé, e os gritos da torcida!
Para cada “ recém-nascido” uma explosão de alegrias e lágrimas.
A vida não tem valor?
Então o abraço de reencontro entre o pai e seu filho de sete anos
Não vende o quê?
Sentir orgulho por homens corajosos
Importantes e heróicos porque tem caráter e dignidade nas adversidades
Se não vende, faz um bem danado à alma da gente!
Já é hora de se repensar e sobretudo mudar
Esses paradigmas da comunicação
Que engessam a qualidade da informação.
Nossas televisões deveriam ser mais corajosas,
Mostrar mais beleza, mais artes, mais conquistas,
Mais lutas a favor da natureza e dos animais
Exibir menos filmes violentos e mais pessoas inspiradoras.
Deveriam abrir espaços diferentes em nossas mentes
Empobrecidas e anestesiadas pela violência da miséria urbana.
Nossa sobrevivência,as relações pessoais, e toda a jornada humana
Já têm, por si mesmas, complexidades, desafios e espinhos de sobra.
Porque não o espontâneo e o verdadeiro?
Porque não o bom e o belo?
30+30+10 dias...
Assistimos todos emocionados
O desfecho surpreendente para um fato, que seria entre outros milhares,
mais um com um final “ não feliz”.
Esses 33 homens foram soterrados física, mas não espiritualmente,
Quanta força!
Se a fé move montanhas,
Nesse caso, aliada à tecnologia
A fé também abriu a montanha
E esta, perfurada, deu à luz, como uma mãe
Permitindo que seus filhos fossem ejetados do escuro
Para uma nova vida.
A despeito de toda exploração comercial deste evento
Que continuará jorrando em torno desta notícia, convites, presentes
E inúmeros documentários sobre os “ mineiros já celebridades”,
Creio que há um esgotamento
Emocional, visual e até existencial
Por parte de nós, telespectadores, em função do excesso
De notícias tristes e desesperançosas do nosso noticiário.
Esse fato poderia levar toda a mídia a repensar
Um tipo de “ bordão”, que faz a “ pauta” ser sempre mais do mesmo:
Notícia boa não vende!
Não vende o quê exatamente?
Shampoo, cortina, terrenos e salsichas?
E a vida se reduz a isso?
Se assim fosse, não teríamos ficado horas a fio
Tão encantados e emocionados vendo estas fortes imagens
Do resgate desses bravos homens.
De solidariedade, companheirismo, de fé, e os gritos da torcida!
Para cada “ recém-nascido” uma explosão de alegrias e lágrimas.
A vida não tem valor?
Então o abraço de reencontro entre o pai e seu filho de sete anos
Não vende o quê?
Sentir orgulho por homens corajosos
Importantes e heróicos porque tem caráter e dignidade nas adversidades
Se não vende, faz um bem danado à alma da gente!
Já é hora de se repensar e sobretudo mudar
Esses paradigmas da comunicação
Que engessam a qualidade da informação.
Nossas televisões deveriam ser mais corajosas,
Mostrar mais beleza, mais artes, mais conquistas,
Mais lutas a favor da natureza e dos animais
Exibir menos filmes violentos e mais pessoas inspiradoras.
Deveriam abrir espaços diferentes em nossas mentes
Empobrecidas e anestesiadas pela violência da miséria urbana.
Nossa sobrevivência,as relações pessoais, e toda a jornada humana
Já têm, por si mesmas, complexidades, desafios e espinhos de sobra.
Porque não o espontâneo e o verdadeiro?
Porque não o bom e o belo?
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