ANIMUS E ANIMA
Quadro de Marc Chagall
“A mais importante contribuição
que Jung deu em seus conceitos de anima e do animus reside no fato de que ele
nos deu uma idéia da polaridade existente dentro de cada um de nós. Não somos
unidades homogêneas de vida psíquica, mas possuímos uma inevitável oposição
dentro da totalidade que forma o nosso ser. Existem opostos dentro de nós,
podemos chamá-los do que quisermos – masculino e feminino, anima e animus, Yin
e Yang – e eles permanecem eternamente em tensão e estão eternamente buscando
união.
A alma humana é uma grande arena em que o Ativo e o Receptivo, a Luz e
as Trevas, o Yang e o Yin procuram unir-se e forjar dentro de nós uma
indescritível unidade de personalidade. Realizar essa união dos opostos dentro
de nós pode ser muito bem a tarefa da vida, tarefa que exige o máximo de
perseverança e de atenção assíduas. Geralmente os homens precisam das mulheres
para isso, e as mulheres precisam dos homens. E, contudo, em ultima análise, a
união dos opostos não ocorre entre um homem que põe em ação o masculino e uma
mulher que põe em ação o feminino, porém dentro do ser de cada homem e de cada
mulher em que os opostos finalmente se conjugam.
...O desejo que a alma tem de
unir-se à consciência e forjar uma personalidade indivisível e criativa é o que
há de mais forte dentro de nós. A esse nível, a necessidade de plenitude ou de
individuação também é chamada de Coniunctio, da união dos opostos, da junção de
macho e fêmea, equivale à imagem por
excelência da junção das partes consciente e inconsciente da personalidade”
Os parceiros invisíveis
John A. Sanford
Editora Paulinas
Comentários