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Mostrando postagens de setembro, 2010

Sincronicidade

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Cito Jung: “ A ciência do I Ching não se baseia no princípio da causalidade, mas em outro princípio, até o momento sem nome –por não existir entre nós – ao qual chamei experimentalmente de princípio de sincronicidade. Minhas pesquisas no campo da psicologia dos processos inconscientes levaram-me a procurar outras explicações para esclarecimento de certos fenômenos de psicologia profunda, uma vez que o princípio da causalidade me parecia insuficiente. Descobri, inicialmente que existem manifestações psicológicas paralelas que não se relacionam absolutamente de modo causal, mas apresentam uma forma de correlação totalmente diferente. Tal conexão parecia basear-se essencialmente na relativa simultaneidade dos eventos, dai o termo sincronicidade... A Astrologia seria considerada como um exemplo mais abrangente de sincronicidade, se ela apresentasse resultados universalmente seguros. Existem entretanto, alguns fatos comprovados por ampla estatística, que tornam a astrol

Árvores: Santuários da Vida

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Por Tereza Kawall As árvores para mim sempre tiveram Uma magia particular Como não se encantar com sua imponência e generosidade? Símbolo da vida e da maternidade Seus longos braços elevam-se em direção à luz, E embalados pelo vento, São como um doce abrigo para seus habitantes aéreos, Seus ninhos e pássaros, num constante vai e vem. Sem dúvida, as árvores estão sob a regência de Eros Em seu amoroso intercambio Seiva da vida que flui entre flores, abelhas, Pássaros, frutos e homens. Elas contornam as nascentes E nos oferecem sua sombra em dias quentes. A força de suas sementes traduz a sua vontade, Triunfo da verticalidade A vida que na terra se sustenta E ao céu se levanta A árvore é um milagre da natureza Nela se fundem nossa vida terrestre E nossa vida celestial, Nossa unidade fundamental.

ACREDITO EM DEUS?

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Rubem Alves “ Ah, tanta gente quer saber se acredito em Deus! Mas eu não entendo tal pergunta porque não sei o que elas querem dizer com essa palavra “ acreditar”. As palavras são enganosas.... Palavras são bolsos vazios. À medida que a gente vai vivendo, vai pondo coisas dentro do bolso. O bolso que tem o nome “ Deus” fica cheio de quinquilharias que catamos pela vida”. “ Acreditar” no sentido comum que as religiões dão a essa palavra, refere-se a entidades que ninguém jamais viu, tais como anjos, pecados, santos, milagres, castigos divinos, inferno, céu, purgatório... No meu bolso sagrado “ acreditar é palavra que não entra. Ele está cheio é com palavras que têm a ver com amor, mesmo que o objeto do meu amor não exista. Lembro-me das palavras de Valéry: “ Que seria de nós sem o socorro das coisas que não existem? Muitas coisas que não existem têm poder.... Eu amo a beleza da natureza, da música, de um poema. Amo a beleza das palavras de amor que os apaixonados trocam. Uma criança ad

Simbologia Astrológica

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Roberto Sicuteri “ Referindo-nos à linguagem astrológica, nós vemos que os símbolos se agrupam para formar um discurso e ativam um dinamismo capaz de provocar formações arquetípicas além do nível de alcance racional mental, para chegar às camadas mais inconscientes, onde as imagens e os símbolos operam através do tempo para então modificar a atitude consciente do sujeito. E qual a função dos símbolos astrológicos no campo da psicologia do homem? A resposta mais imediata é esta: os símbolos da astrologia são capazes de estimular a realidade interior do homem em suas estruturas mais profundas, colocando-o em relação com os objetos projetados para o exterior na representação planetária ( relação entre o microcosmo e o macrocosmo). A linguagem astrológica está estruturada na relação existente entre o céu e o homem, onde o céu é o significante e o homem é o significado. Assim, o céu, no momento exato de uma nascimento, com a sua particularíssima configuração astral ( base do

AMIGO DE SI MESMO

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Martha Medeiros "Em seu recém-lançado livro Quem Pensas Tu que Eu Sou?, o psicanalista Abrão Slavutsky reflete sobre a necessidade de conquistar o reconhecimento alheio para que possamos desenvolver nossa autoestima. Mas como sermos percebidos generosamente pelo olhar dos outros? Os ensaios que compõem o livro percorrem vários caminhos para encontrar essa resposta, em capítulos com títulos instigantes como “Se o Cigarro de García Márquez Falasse”, “Somos Todos Estranhos” ou “A Crueldade é Humana”. Mas já no prólogo o autor oferece a primeira pílula de sabedoria. Ele reproduz uma questão levantada e respondida pelo filósofo Sêneca: " Perguntas-me qual foi meu maior progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo ". Como sempre, nosso bem-estar emocional é alcançado com soluções simples, mas poucos levam isso em conta, já que a simplicidade nunca teve muito cartaz entre os que apreciam uma complicaçãozinha. Acreditando que a vida é mais rica no conflito, acabam dispensando

ELEMENTAR

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Elementar : Tela de Marco Mariutti, 2008. Zero fogo; pouca terra, muita água, muito ar. OS QUATRO ELEMENTOS Os quatro elementos da astrologia ( fogo, terra, ar e água) são os blocos básicos para a construção de todas as estruturas materiais e todos orgânicos. Cada elemento representa um tipo básico de energia e consciência, operando em cada um de nós. Assim como a física moderna demonstrou que energia é matéria, os quatro elementos se entrelaçam e combinam para formar toda a matéria. Quando a centelha de vida deixa um corpo humano na ocasião da morte, os quatro elementos de dissociam e voltam ao seu estado primitivo. Somente a vida, manifestando-se num todo organizado, e vivo, é que mantém unidos os quatro elementos. Todos eles estão nas pessoas, embora cada um esteja, conscientemente, mais afinada com alguns tipos de energia do que as outras. Cada um dos quatro elementos se manifesta em três modalidades: cardeal, fixa e mutável. Daí quando combinamos os quatro elementos

VIVER SEM MEDO

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Meditação Rudolf Steiner Nego-me a ma submeter ao medo Que me tira a alegria da minha liberdade Que não me deixa arriscar nada Que me torna pequeno e mesquinho Que me amarra Que não me deixa ser direto e franco Que me persegue Que ocupa negativamente a minha imaginação Que sempre pinta visões sombrias No entanto Não quero levantar barricadas por medo do medo Eu quero viver e não quero encerrar-me Não quero ser amigável por medo de ser sincero Quero pisar firme porque estou seguro E não para encobrir o meu medo E quando me calo Quero fazê-lo porque amo E não por temer as conseqüências de minhas palavras Não quero acreditar em algo Só pelo medo de não acreditá-lo Não quero filosofar Por medo de que algo possa atingir-me de perto Não quero dobrar-me Só porque tenho medo de não ser amável Não quero impor algo aos outros Pelo medo de que possam impor algo a mim Por medo de errar Não quero me tornar inativo Não quero fugir d e volta para o velho, o inaceitável Por medo de não me sentir seg

Existe ambiente inteiro

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O fotógrafo Guido Sterkendries, que nos presenteia com fotos espetaculares do nosso amado planeta Terra . LEONARDO BOFF "Hoje mais do que nunca se faz necessária uma ética do cuidado, porque tudo está descuidado. A cada dia cerca de 20 espécies de seres vivos desaparecem de forma definitiva dada a presença agressiva do ser humano. Ele se fez um homicida das grandes expressões da biodiversidade da vida". As palavras são do teólogo e escritor Leonardo Boff, em suas reflexões no Espaço Cultural CPFL. Ao participar das discussões sobre a vertigem do mundo contemporâneo, que produz desencontros e provoca dúvidas quanto ao próprio futuro da vida na Terra, Boff propôs o resgate da ética e do sentido da responsabilidade humana com relação ao equilíbrio perdido da natureza. "Não existe meio ambiente. Existe ambiente inteiro", alertou, para definir: "Esse ambiente inteiro é a comunidade de vida da qual somos parte e parcela, com a responsabilidade e m

Religião e espiritualidade não são a mesma coisa

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Blue Virgin Window, Catedral de Chartres, França. “Religião e espiritualidade não são a mesma coisa. Todavia são comumente confundidas. Equivale à declaração: “ Ela é um cantora excelente, faz aula de canto há anos”. É certo que existe uma ligação entre fazer aulas de canto e se tornar uma cantora profissional, mas não necessariamente. A verdade é que podemos fazer algo maquinalmente por toda a vida e nunca nos tornar de fato aquilo que tínhamos a intenção de fazer. Com religião e espiritualidade é também assim. A primeira, a religião, tem a ver com nos conduzir a uma consciência de Deus, com nos dar as ferramentas, as disciplinas para nos prepararmos para a experiência de Deus. A outra, a espiritualidade, tem a ver com transformar a modo como vivemos como resultado daquela consciência, com infundir na vida toda um senso de Presença que transcende o imediato e lhe dá significado”. “ A religião sem o espírito que ela deve preservar pode se tornar positivamente irreligiosa: marginalizam

JUSTIÇA É UMA SÓ

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Com olhos abertos ou fechados? Eduardo Gianetti “ A idéia de perfeição é obviamente uma ficção humana. Seu grande mérito – como no caso das utopias em geral- é servir como um contraste que inspire e permita realçar com tintas fortes a expressão do hiato entre o que é e o que pode ser : a distancia que nos separa do nosso potencial. Mais que um sonho,o ideal é uma arma com a qual se desnuda um mundo injusto , corrompido e opressivo”. “ O caminho do inferno” acusava o militante São Bernardo do século XII, “ está repleto do boas intenções”. O problema é que o imobilismo e a resignação também chegam lá. Se agir é muitas vezes perigoso, deixar de agir pode ser fatal. A arte da convivência externa em sociedade está ligada à arte da convivência interna de cada uma a sós consigo. As regras impessoais da ética cívica são um mal necessário. Elas existem não para nos salvar, mas para nos proteger uns dos outros e de nós mesmos. “ Poderia alguma coisa revelar uma falta de formação mais vergonhos