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Mostrando postagens de novembro, 2009

Amiga

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Mary e eu, um dia feliz . Tudo já foi dito a respeito Da maravilha de ter bons amigos O mesmo acontece com o amor, Nunca nos cansamos de enaltecê-lo Mesmo porque se é verdade Que Eros tem muitas faces, O amor que vai para o amigo Ou que vem dele pra gente Não é menos especial. Tem uma espécie de ritmo, A cumplicidade dos segredos Uma deliciosa, ( e necessária) falta de intransigência E claro, alguma paciência. Porque para aprender, precisamos repetir, repetir... Quantas vezes falamos a mesma coisa, E ele ( o amigo/a) “simplesmente” ouve? Sem falar no colo, onde entregamos Nossa cabeça, nossas as aflições, Desejos e sonhos desfeitos. Assim é minha amizade Assim é minha amiga Tem um pouco de tudo Mas cada tudo é muito! Afeto, saudades, conselhos, silêncio, trocas, aceitação... Assim, creio que esta amizade É verdadeiramente “ holística”! Tereza Kawall

Qualidade de vida = Qualidade do pensamento

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foto: Araquém Alcantara Por Tereza Kawall Dê “ passagem" aos pensamentos, Recue um pouco, observe-os, sinta-os, Veja que eles vão e voltam, rodopiam Cansam, repetem cantilenas monótonas Parecem ficar pendurados na gente, Alguns são mais encantados e articulados Afinados com a realidade objetiva, Querem chegar a algum lugar, Outros nos fazem reféns De suposições infrutíferas, caóticas Inibem a criatividade da ação E das novas perguntas, E da reflexão que promove mudança. Dê passagem aos pensamentos, não se apegue a eles, Não se identifique muito com suas vozes Que são estridentes e dissimuladas Eles não são a verdade, tampouco a realidade, São a nossa interpretação dela Que varia de acordo com nossa paisagem interior Quem sabe até do nosso bom ou mau humor. Dê passagem aos pensamentos, percepções, aflições Deixe-os ir, abra a gaiola, crie espaços Para imaginar e deslizar mais no aqui-agora. Nossos pensamentos negativos Nos perseguem, inexoravelmente Como a roda barulhenta

Tudo respira em uníssono

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RICHARD TARNAS Nascido em Genebra (21 de fevereiro de 1950), Richard Tarnas é graduado da Universidade de Harvard e do Harvard do Instituto Saybrook. Trabalhou durante dez anos como diretor de Programas do Instituto Esalen. Ele é o fundador do programa de pós gradução de filosodofia, Cosmologia e Consciência do Califórnia Institute of Integral Studies e membro do corpo docente adjunto da Pacífica Graduate Institute.É casado, tem dois filhos, de 20 e 33 anos. Seu livro: “A Epopéia da Mente Ocidental" (publicado no Brasil pela Bertrand Brasil ) , Richard Tarnas relata a evolução do pensamento ocidental desde a Grécia antiga até a Renascença, e a revolução cientifica até o alvorecer do século XXI, mostrando as idéias centrais da filosofia, religião e ciência que forjaram nossa perspectiva cultural única. Hoje, diz ele, nos encontramos desconsolados, vagando entre dois mundos – um que morre e outro que está lutando para nascer. Por um lado, as certezas

E que tal um super abraço?

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Beijos para você!

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foto Ron Draine

Cuidar do outro

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Cuidar do outro “Uma outra motivação que se pode colocar na moldura das motivações interessadas: “ Se os seres vivos conhecessem os frutos da recompensa final da generosidade e das doações como eu os conheço, certamente eles não gostariam de cessar de doar aos outros, de partilhar com os outros até mesmo o último bocado de alimento”. Buda toma o exemplo do alimento, mas podem-se acrescentar outras realidades: tudo o que eu possuo, se não o partilho, não posso saboreá-lo na sua essência. Posso ser feliz totalmente só. Mas menos bem; posso olhar uma paisagem completamente só, é evidente, mas eu a degustarei melhor, se estiver acompanhado da presença e do olhar do outro; posso viver sem você, mas talvez um pouco menos bem... Alguém pode viver a sua própria libertação, trabalhando sobre si mesmo, mas viverá menos intensamente quando se fecha aos outros. O próprio Buda faz observar que esta abertura aos outros é uma das condições de nossa felicidade, de nosso progresso nessa vida e nas seg

Santosha

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Três Atos positivos do espírito ( 1) A satisfação Trata-se presentemente de desenvolver as qualidades contrárias à negatividade. O que vai corresponder `a possessividade é a satisfação, saber estar contente com aquilo que a gente tem. “ Deseja aquilo que tu tens e terás tudo o que desejas”. Desejar, gostar daquilo que a gente tem, se diz santosha em sânscrito: o contentamento.Há pessoas que nunca estão contentes com aquilo que elas têm, que sempre encontram o que é melhor em outro lugar; outras estão contentes com um copo de água, com um raio de sol, com um sorriso. Ao lado da necessidade de possuir sempre mais, de não estar nunca contente com o que a gente tem, há esta satisfação que não é auto-satisfação, mas reconhecimento em relação àquilo que nos é dado. É alguma coisa que devemos desenvolver em nós: saber acolher com gratidão aquilo que nos é dado. É então, que nos tornamos nós mesmos capazes de doar”. Jean Yves Leloup Do livro: A Montanha no Oceano- meditação e compaixão n

Apagou o quê?

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A luz necessária Por Tereza Kawalll O medo do escuro caminha ao lado história da humanidade, está na memória da nossa genética ancestral, ou no Inconsciente coletivo, para quem assim preferir. Somos cada vez mais dependentes de uma tecnologia que de um lado nos serve, e por outro nos escraviza. Somos consumidores ou seres consumidos pela voracidade e por um sistema social que prioriza acima de tudo a eficiência e a produtividade Em seu afã cientificista ou iluminista, o homem moderno acreditou ter dominado a natureza através e do conhecimento e da tecnologia, tornando-a mais previsível e “domesticada”. Quanta ilusão! A natureza tem, claro, muito ciúmes de seus mistérios, e que vem sido desvendados pela ciência de forma espetacular por um lado, mas o preço a ser pago pelos excessos , em nome de um suposto “ desenvolvimento” e riqueza de poucos, já foi longe demais. A saturação e o esgotamento na Mãe Natureza é algo absolutamente visíve

Vitrais de Chartres

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Zodíaco na fachada externa da Catedral Vitral de Libra Vitral de Áries "Chartres é chamada de “ A Catedral dos Vitrais”. Nada mais justo. São vitrais admiráveis, que tornam irreal a atmosfera no interior da basílica e fazem dela, nas palavras do poeta francês Edmond Joly, “ o navio encantado de uma música silenciosa, celebrando com suas cores e sua luz o segredo da eterna travessia”. Há vitrais do século 12, exibindo azuis que parecem roubados ao céu: Nossa Senhora do Belo Vitral, o Vitral da Paixão, o Vitral da Infância e vida de Nosso Senhor; o vitral da Árvore de Jessé. Há vitrais do século 13, múltiplos quadros que contam historias da Bíblia ou da vida dos santos e as imensas rosáceas sobre os pórticos. Foram oferecidos por reis ou por grandes senhores feudais, ordens eclesiásticas ou corporações de profissionais. Foram todos fabricados no interior da própria catedral, e instalados à medida que o edifício se completava. Aos olhos dos seus

Labirinto de Chartres

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Labirinto, símbolo da busca do Si-mesmo. Vitral Rosa, Catedral de Chartres, França. Luis Pellegrini "Como se não bastasse, a Catedral de Chartres trouxe ainda, até nossos dias, uma herança medieval tão preciosa quanto rara: um labirinto circular que ocupa toda a largura da sua nave central. Das muitas catedrais francesas que possuíam a labirintos similares, Chartres é a única que o conservou. Além disso, esse labirinto é considerado o maior de todos os que foram realizados: faltam apenas onze centímetros e meio para que seu diâmetro atinja treze metros. O labirinto de Chartres é até hoje perfeitamente visível com suas pedras escuras encastradas no pavimento de pedras claras. Mas, infelizmente, mesmo esse labirinto não está completo. No seu centro havia, segundo testemunhos históricos, uma grande placa de cobre com a imagem, em relevo, do combate mitológico entre o herói Teseu e o Minotauro. Esta placa foi provavelmente removida em 1792, época da Revolução Francesa, e usada p